A região Nordeste do Brasil representa em torno de 70% da produção nacional de maracujá amarelo, no entanto, a produtividade desta cultura ainda é considerada baixa para região devido a influência de fatores como estresse hídrico, salino e doenças que limitam a produção e qualidade dos frutos nessas regiões.
Devido isso, a Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), desenvolveu um porta-enxerto resistente a fusariose, doença infecciosa causada por fungos comum em plantas e cereais, como é o caso da “Passifora foetida”, uma espécie do maracujá, com o objetivo de compreender até que ponto esta inovação tolera o estresse hídrico associado a diferentes níveis de salinidade da água de irrigação, a fim de encontrar condições mais adequadas para otimizar o avanço desta cultura em regiões afetadas por esses fatores.
Para isso, está sendo realizado um experimento de campo, no sítio Cumarú, Município de Upanema (RN), composto por um delineamento de blocos casualizados, com 4 lâminas de irrigação de 40%, 60%, 80% e 100% da evapotranspiração máxima da cultura utilizando água de CE 1,5 dS m -1 , mais 3 níveis da Ce da água de irrigação (3,0, 4,5, e 6,0 dS m -1 ), aplicados na lâmina de 100%, totalizando 7 tratamentos, com 4 repetições.
No estudo, estão sendo avaliados os atributos químicos e físicos do solo, a composição mineral das folhas, a fisiologia das plantas, assim como os aspectos produtivos, bioquímicos, antioxidantes, de qualidade, e capacidade de armazenamento dos frutos.
Espera-se definir as práticas de manejo hídrico e salino que garanta produtividades satisfatórias sem comprometer a fisiologia e qualidade dos frutos de maracujá em regiões semiáridas do Brasil.
A equipe de pesquisadores envolvidos no estudo é composta pelos doutorandos Wedson Aleff Oliveira da Silva, Marlon de Morais Dantas e Alex Alvares da Silva, sob a orientação dos professores José Francismar de Medeiros, Edna Maria Mendes Aroucha e Eudes de Almeida Cardoso.